Guiné-Bissau
A República da Guiné-Bissau situa-se na Costa Ocidental da África, com uma superfície total de 36.125 km² e uma estimativa populacional de 1,7 milhão de habitantes. O país possui um clima tropical úmido e tem como idioma a língua portuguesa e dialetos regionais. A capital do povo guineense chama-se Bissau.
Guiné-Bissau conseguiu sua independência em 1974, depois de cinco séculos de dominação colonial dos portugueses, mediante luta armada que durou mais de onze anos. O sistema de governo é uma República com forma mista. Economicamente, Guiné-Bissau é classificada como um dos países mais pobres do mundo, detendo um baixo índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,396 - Pnud 2014.
Guiné-Bissau sofreu com o resultado de mais de quinhentos anos de isolamento completo em relação ao resto do mundo, tal como pelo analfabetismo radical em que sua população foi mantida durante a dominação colonial.
Fonte: Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário (MINSAP, PNDS, 1998)
Moçambique
Moçambique, pais localizado na África, conta com uma área de 752,614 Km², divididos em 11 províncias. Sua capital é Maputo e o idioma oficial é o português, além das línguas regionais.
A população estimada é de 19,7 milhões de habitantes, com uma taxa de crescimento anual de 2,4% (2006). A sua estrutura demográfica o caracteriza como um país em desenvolvimento, sendo a base da pirâmide muito larga e achatada no topo (1997).
Cerca de 40% da população é menor de 15 anos de idade e 16,6% está abaixo de 5 anos de idade. A esperança de vida ao nascer (expectativa de vida), enfrenta uma redução, por conta das epidemias de HIV (AIDS), é de cerca de 46,7 anos (2005)
O país é um dos mais pobres no mundo, está na 168ª posição entre os 177 países da lista do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi estimado em cerca de 9,2% entre 2000 e 2004 (INE). Cerca de 50,9% da população vivia na pobreza absoluta e 64% das famílias vivem em insegurança alimentar. A taxa de alfabetização de adultos em 2004 era de 47.2%, sendo de 33.8% registado para as mulheres (RDH, 2015)
A situação em Moçambique não difere de outras regiões africanas. As principais doenças que afetam as crianças, menores de 5 anos, são atribuídas em geral a causas previníveis e incluem: malária, diarreia, sarampo, anemia, IRA (infecções respiratórias agudas), malnutrição e HIV (AIDS). Estima-se que ,muitos bebês morrem nos primeiros 28 dias de vida. Sendo que a mortalidade neonatal representa 40 % da mortalidade em menores de 5 anos no país.
Plano de ação multissetorial para a redução da desnutrição crônica em moçambique 2011 – 2015 (2020)
Haiti
O Haiti, país da América Central, situado na ilha de Hispaniola, no Mar do Caribe, tem como capital Porto Príncipe. O país possui um clima tropical e tem como idioma oficial o crioulo e o francês.
A independência nacional foi conquistada no dia 1° de janeiro de 1804, sendo a primeira república da América Latina a conseguir autonomia política.
A população gira em torno de 10,1 milhões de habitantes, sendo a densidade demográfica de 361,5 habitantes por quilômetro quadrado e o crescimento demográfico atinge 1,5% ao ano. A maioria dos habitantes vive em áreas rurais (48,3%), e a cidade que possui maior concentração populacional é a capital, Porto Príncipe, com 1.998.000 habitantes.
A economia haitiana é pouco desenvolvida, sendo o setor primário o principal responsável pela captação de receitas financeiras. A instabilidade política do país dificulta a entrada de investimentos estrangeiros. A nação sofreu vários golpes militares e foi governada por ditadores durante muitos anos, resultando na perseguição a opositores e na morte de muitos habitantes.
Conforme dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o Haiti detém o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do continente americano. Entre os vários fatores que contribuem para essa situação estão: a expectativa de vida é de apenas 60 anos; os serviços de saneamento ambiental são destinados a menos da metade das residências; a maioria dos haitianos vive abaixo da linha de pobreza; cerca de 60% dos habitantes são subnutridos; o índice de analfabetismo é de 38%; a taxa de mortalidade infantil é de 62 para cada mil nascidos vivos. Além de todos esses problemas socioeconômicos, o Haiti, em janeiro de 2010, foi atingido por um terremoto que provocou a morte de mais de 120 mil pessoas e atualmente, foi atingido com força devastadora pelo furacão Mathew.
Confira dados do Pais em comparação com o Brasil.
Guatemala
A Guatemala, país da América Central, banhado pelos oceanos Atlântico e Pacífico, tem como idioma oficial o espanhol. O país, é uma ex-colônia espanhola, que conquistou sua independência em 1821, sendo incorporado ao México. Entretanto, em 1823, a nação passou a integrar a Federação Centro-Africana, da qual obteve autonomia política em 1838.
O país é habitado por aproximadamente 14 milhões de pessoas, com densidade demográfica de 128,8 habitantes por quilômetro quadrados e a taxa média de crescimento populacional é de 2,5% ao ano.
A maioria dos guatemaltecos reside em áreas rurais (51%), sobretudo os grupos indígenas de origem maia.
A economia da Guatemala tem na agricultura a principal fonte de receitas e exportação, além de empregar mais da metade da população. Os principais cultivos são: cana-de-açúcar, banana e café. Atua nos seguimentos de produtos : químicos, têxtil, alimentício, borracha e madeireiro. Outra importante atividade econômica é o turismo, valorizado pelas belezas naturais do país.
Conforme dados divulgados em 2010, pela Organização das Nações Unidas (ONU), a Guatemala possui médio Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com média de 0,560.
Aproximadamente 16% da população é subnutrida; a taxa de mortalidade infantil é de 28 para mil nascidos vivos; os serviços de saneamento ambiental são proporcionados a 80% das residências e o índice de analfabetismo é de 27%.
Dados gerais
http://data.un.org/
Desenvolvimento humano
http://hdr.undp.org/en/countri
IDH http://data.un.org/DocumentDat
1ª situação - O primeiro trimestre de gestação
Solange, moradora de uma comunidade pobre no interior do Maranhão, descobriu que está grávida. Ela e o marido ficaram muito felizes com a notícia e já se preocuparam em iniciar o pré-natal, para garantir que a gestação seja saudável e o bebê nasça com saúde. Eles foram até o posto de saúde mais próximo para agendar a consulta para a próxima semana. Eles conseguiram marcar a consulta?
SIM: O pré-natal é um atendimento próprio para a gestante no qual ela recebe cuidados para manter a sua saúde e a do bebê.
Dessa forma, Solange inicia o pré-natal ainda no comecinho da gestação e garante seu direito de ser acompanhada por profissionais qualificados e receber cuidados médicos, nutricionais, psicológicos e sociais.
NÃO: Solange tem o seu direito ao pré-natal violado.
O posto de saúde não tinha consulta disponível, pois há falta de profissionais para o atendimento. Nessa situação, Solange fica vulnerável, tem violado o seu direito de ser acompanhada no pré-natal e receber suplementação de ferro e ácido fólico, comprometendo o desenvolvimento saudável de sua gestação.
A gestante não precisa pagar por esses suplementos na Unidade Básica de Saúde, pois todos os serviços públicos já são pagos pela população por meio dos impostos.
Programa Nacional de Suplementação de Ferro
2ª situação - O segundo trimestre de gestação
O esperado numa gestação é que o bebê cresça todo mês. Para acompanhar esse crescimento, pode ser usada a medida da altura do útero (barriga). Isso é feito a partir do segundo trimestre de gestação (13ª semana gestacional), nas consultas de pré-natal.
No posto de saúde onde Solange é acompanhada, é feito a medida da altura uterina?
SIM: O crescimento do bebê está sendo acompanhado.
Com essa medida, o profissional de saúde consegue avaliar o crescimento do bebê e ver se algo está errado com seu desenvolvimento, tendo a oportunidade de intervir, se necessário.
NÃO: Sem essa medida é difícil avaliar o crescimento do bebê.
Sem essa medida, o profissional de saúde pode ter dificuldades para avaliar o crescimento do bebê, o que pode trazer prejuízos para sua saúde e comprometer seu peso ao nascer.
Em alguns lugares do Brasil, essa medida não é realizada. De acordo com o Ministério da Saúde, ela é obrigatória nas consultas de pré-natal a partir da 13ª semana gestacional. Nesses casos, a gestante deve cobrar do profissional de saúde que a medida seja realizada e anotada na Caderneta da Gestante.
A página 67 do Caderno de Atenção Básica 32, do Ministério da Saúde, referente ao pré-natal de baixo risco, destaca a obrigatoriedade de se realizar tal medida em todas as consultas de pré-natal a partir da 13ª semana gestacional.
http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab32
3ª situação - O terceiro trimestre de gestação:
No pré-natal, Solange aprendeu que todas as pessoas precisam de uma boa alimentação, em especial a mulher grávida, para que se mantenha saudável e seu bebê possa crescer com saúde. Solange come diariamente frutas, verduras, arroz, feijão e algum tipo de carne?
SIM: Alimentação saudável, equilibrada e variada é fundamental na gestação.
Uma alimentação saudável contém alimentos variados e é composta principalmente por alimentos “in natura” ou minimamente processados (frutas, verduras, arroz, feijão, carne, peixe, ovo) em quantidade suficiente e com qualidade.
NÃO: A má alimentação pode gerar prejuízos para o crescimento e saúde do bebê.
Se a gestante se alimenta mal, ela pode ficar anêmica, desnutrida ou ganhar mais peso do que o necessário. Consequentemente, seu bebê pode nascer com baixo peso ou acima do peso, ter mais facilidade de ficar doente e demorar mais para se recuperar.
Caderno de Atenção Básica 32 do Ministério da Saúde, página 80.
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_32.pdf
4ª situação - O bebê do nascimento aos cinco meses
O bebê de Solange nasceu e se chama Gabriel. Desde o início, ele está sendo amamentado exclusivamente no peito. Agora ele já fez 4 meses e parece continuar com fome mesmo depois de mamar. Solange acha que só o leite materno não está sustentando o bebê. Ela deve começar a dar leite de lata (mamadeira) ou algum outro alimento para ele?
SIM: A introdução alimentar antes dos seis meses não traz benefícios para o bebê e aumenta as chances de ter anemia
Para bebês que são amamentados no peito não se deve oferecer outro leite ou alimento antes dos 6 meses de idade.
NÃO: Todo bebê deve ser amamentado somente com leite materno até os 6 meses.
Para conseguir mamar bem, o bebê precisa abocanhar a mama corretamente. Também é preciso deixar que ele esvazie bem uma mama, antes de trocar de seio, pois quando o bebê começa a mamar, o leite tem mais proteína e, no final da mamada, tem mais gordura. É esse leite posterior que deixará o bebê saciado e fará com que ele ganhe peso de forma adequada.
Saiba mais: Caderno de Atenção Básica 23 do Ministério da Saúde.
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
5ª situação - O bebê de seis a onze meses
Solange foi ao supermercado e viu que algumas marcas de biscoito e sucos em pó tinham a seguinte frase na embalagem: “enriquecido com vitaminas e minerais”. Esses alimentos são considerados saudáveis?
SIM: Não, esses alimentos não são saudáveis.
Alimentos ultraprocessados não são saudáveis, pois são pobres em nutrientes e possuem grandes quantidades de açúcar, gordura e sal, além de ingredientes químicos que só a indústria possui. Por isso, uma estratégia da indústria de alimentos é acrescentar micronutrientes sintéticos aos produtos. No entanto, não existe a garantia de que o nutriente adicionado reproduza no organismo os benefícios do nutriente presente nos alimentos naturais.
NÃO: Esses alimentos possuem muito açúcar, gordura e sal.
Alimentos ultraprocessados (como bala, chocolate, gelatina, refrigerante, suco em pó, biscoito recheado, macarrão instantâneo, salgadinho de pacote) não devem ser oferecidos para a criança até os 2 anos de idade, pois contribuem para a formação de maus hábitos alimentares, aumentam a chance da criança ter anemia, desenvolver obesidade e outras doenças.
Guia alimentar para crianças menores de 2 anos, do Ministério da Saúde.
Dez passos para uma alimentação saudável (.PDF)
6ª situação - A criança de um ano a um ano e cinco meses
Gabriel está apresentando diarreia, seu apetite diminuiu e ele não quer comer. Solange notou que ele está irritado, com os olhos fundos, está urinando menos e sente muita sede. O Gabriel já está tomando o soro caseiro, ele deve ser levado para uma consulta no serviço de saúde?
SIM: A criança apresenta sinais de desidratação e precisa de tratamento.
Além de ser levado para a consulta com o médico e tomar o soro, a criança deve manter a alimentação normal. Quando a criança se alimenta bem, ela sara mais rápido da diarreia, não perde peso e tem menos complicações.
NÃO: Quando a criança com desidratação não é tratada ela pode ficar inconsciente e até mesmo morrer.
O soro caseiro repõe a quantidade de líquido e alguns nutrientes que a criança perde pela diarreia e previne a desidratação. No entanto, quando há demora para iniciar o tratamento e a criança apresenta sinais de desidratação, ela deve ser levada imediatamente para um hospital. Lá, ela será avaliada pelo médico e, se necessário, receberá hidratação endovenosa (soro na veia).
Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância
7ª situação - A criança de um ano e meio a um ano e onze meses:
Gabriel está cada vez mais interessado em conhecer tudo o que vê: objetos, plantas, animais. Ele se interessa, também, por desenhos e fotos em revistas e livros. Gosta de entrar e sair de caixas, bacias e armários abertos.
A família de Gabriel brinca com ele e conversa sobre as coisas que ele vê e pega?
SIM: Brincar em família favorece o desenvolvimento integral da criança.
A estruturação básica do ser humano se constitui nos primeiros anos de vida. O afeto e as oportunidades de brincar influenciam na formação do cérebro e no desenvolvimento integral da criança.
NÃO: Crianças que brincam menos ficam mais dependentes.
Brincar é uma necessidade para o desenvolvimento infantil e um direito da criança. O fato de brincar pouco acarreta perdas para a infância e para a vida adulta, podendo implicar na violação de um direito garantido. “
EBERSOL, Helenise Lopes; MARQUES, Fernanda Martins. A importância do brincar para o desenvolvimento infantil. UFRGS, Porto Alegre. artigo, 2013
Túnel da Vida
Com alegria convidamos para entrar no túnel da vida, um espaço multicolorido, de ar festivo, reflexivo e curioso. Caminhe conosco e venha descobrir que os sentimentos de fé, esperança, amor a vida e solidariedade permeiam a exposição "Juntos pela vida"
O túnel, unirá os pontos de um fio condutor que assegura a importância do pré-natal, para uma boa gestação, assim como os cuidados dos primeiros anos de vida do bebê. Oferece proteção e aconchego ao bebê, aleitamento materno, alimentação adequada e a importância do brincar para o desenvolvimento integral.
Uma luz no túnel da vida reúne traços de muitas crianças que nascem hoje, do Deus Menino de Belém e dos Pequenos Reis Magos que realizam gestos de solidariedades. Para mergulhar na história de cada personagem é preciso entrar em cena e juntos admirar, em cada criança que nasce, o próprio filho de Deus encarnado. A vida está nascendo na sua família, na sua comunidade, na sua cidade e no mundo.
Há uma Luz nessa festa. Há luz em meio às trevas, mas poucos conseguem enxergar. Que possamos sair renovados, iluminados e mais solidários. Que nossas atitudes possam gerar vida em abundância para todas as crianças.
Bambaram Guiné-Bissau
O Bambaram é um xale de tecido usado pelas mães de Guiné-Bissau para carregar seus filhos enquanto trabalham ou caminham.
No nascimento do primeiro filho, há uma cerimônia para a criança receber o Bambaram, tornando-o sagrado. Esse, é um momento muito especial, em que a mãe irá amarrar a criança pela primeira vez.
A mãe guarda o xale com muito cuidado até o casamento do filho, para que ele leve para o conhecimento dos seus filhos.