O Museu da Vida entende o brincar como uma janela de oportunidade que vai muito além, de um momento de diversão para a criança. É por meio do brincar que ela experimenta, constrói relações e aprende  sobre o mundo que a cerca. Nas atividades lúdicas podemos incluir fantasias, faz de conta ou jogos. É através dessas atividades que a criança consegue se comunicar, se expressar e participar com maior criatividade e imaginação.

A criança brinca por necessidade e ao brincar aprimora seus sentidos como visão, audição, tato e seus movimentos; vai conhecendo como são e para que servem os objetos e brinquedos; desenvolve sua linguagem e seu pensamento; aprende e compreende as atividades, os costumes dos adultos, as relações entre as pessoas.

A saúde da criança também se benificia com brincadeiras no sol, ao ar livre nas quais ela possa se movimentar bem: seus ossos e músculos ficam mais fortes; diminui o risco de que tenham sobrepeso e obesidade; fica com mais apetite e também dorme melhor.

As crianças gostam muito de brincar umas com as outras, e brincar interagindo com os seus familiares, seja no faz de conta, seja nos jogos de correr, esconder, de amarelinha; jogos de dominó, da memória, nas brincadeiras de rodas cantadas e nos jogos em geral. Sempre que compartilhamos brincadeiras e jogos as crianças têm oportunidade de viver diferentes experiências, como por exemplo: disputar, aprender a perder e ganhar, compreender seu papel no grupo, ir entendendo como são as relações entre as pessoas.

Segundo Vygotsky (2007) para descobrir “a relação entre o processo de desenvolvimento e a capacidade de participação da criança não basta determinar o nível real da criança; é preciso descobrir o nível do potencial criativo da criança.” A participação é a capacidade que a criança têm em desempenhar atividades com ajuda de pessoas mais experientes, por isso, a família é tão importante nesse processo interativo da criança com objeto de brincar e aprender. A função da família é interagir, servindo de mediador entre a criança e o mundo. Na interação no interior do coletivo, das relações com o outro é que são construídas as relações de autonomia e descobertas.

No Museu da Vida cuidamos do desenvolvimento das crianças desde o ventre materno. O importante é estar atento e perceber que a brincadeira dos pequenos começa pela observação, criatividade e desejo de conhecer. Sabemos que o brincar é um direito da criança, ela precisa ser ouvida e sua opinião levada em consideração. O Museu da Vida é um espaço construtivo de grande oportunidade para estimular o desenvolvimento de todas as crianças.

Fonte:

Brinquedos e brincadeiras na comunidade. / Pastoral da Criança, 4.ed.Curitiba, 2014

- VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes ,2007


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